sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Animus e Anima

Durante a caminhada matinal, percebi uma casinha quebreda de João de Barro no alto de um poste e lembrei do que me contaram uma vez:

"O João de Barro é um pássaro muito inteligente, faz sua casinha com barro e pequenos fios de palha. Depois de tudo pronto, corteja uma fêmea e 'casa' com ela. Ele é fiel à ela, vivem os dois juntinhos para todo o lado. Mas ele não aceita ser feito de bobo, caso a 'Joana de Barro' o traia, ele bate nela, a tranca dentro de casa e fecha a entrada da casinha com barro, deixando ela morrer sufocada lá dentro!"

Achei isso interessante e absurdo ao mesmo tempo. O pássaro é considerado  um ser irracional, mas tem seu nível de inteligência. O ser humano é considerado inteligente, mas por vezes age com irracionalidade.

Quantas histórias ouvimos de apego à pessoas que resolveram partir para não mais voltar ou de pessoas a reclamar pelas atitudes possessivas de pareiros(as)?! Penso que, como os animais irracionais - pois todos somos animais, em graus evolutivos distintos - somos apegados à coisas e à pessoas: meu carro, minha esposa, meu território, no caso dos animais e humanos também...

O ideal seria desapegar desses conceitos ligados ao Anima e nos ligar aos conceitos elevados do Animus. Em breve postarei mais textos sobre esses dois conceitos. 

domingo, 28 de janeiro de 2024

Me Tornando Uma Pessoa Melhor

  



Comecei a assistir um Dorama Coreano essa semana para me 

distrair e de alguma forma ele caiu como uma luva para mim, 

para me ajudar a entender o momento que estou passando. 

Na semana passada para cá pensei muito sobre

o que a minha psicóloga disse e percebi que ela estava certa. 


Falou coisas que eu já sabia, mas teimava em me fazer de 

desentendida, insistindo em uma hora vestir o personagem da vítima e 

hora o da indiferença (fingindo que está tudo bem e que já superei 

o término). Na verdade, percebi que eu nem ao menos

vivenciei o luto do termino de relacionamento, já que 

estava em período de prova finais da faculdade e sentia 

que se fosse viver o luto, não teria forças para 

me dedicar às provas e trabalhos. Deixei para vivenciar

esses sentimentos depois, a partir de janeiro.


E quando me vi "livre" para esmiuçar o que aconteceu 

e o que sentia, me senti sobrecarregada e tentei 

fingir que já havia superado e não precisava

pensar mais nisso. Surtei e briguei com todos a 

minha volta, me tornei insuportável até para mim mesma, 

na ânsia e no desespero de tentar afogar,

extinguir esses sentimentos contraditórios que me 

consumiam dia e noite.


Como se tudo o que represei por meses fosse expulso 

de uma vez só, uma verdadeira torrente de frustração, 

amargura, sentimento de fracasso pessoal

e profissional jorrasse do meu peito, misturando

 tudo e me fizesse queimar de dentro para fora. 

A psicóloga me disse que um pouco poderia ser a 

"crise dos 30 anos"

Creio que sim, pois passei a me sentir velha

 e desgastada pelo tempo, como se o desespero por casar

 no papel, ostentar uma aliança de ouro no dedo,

ter filhos, conquistar a casa própria e carro, 

além de uma carreira como Programadora Front-End, 

fossem as únicas coisas na vida que me fariam me

sentir realizada. Principalmente um filho. 


Quis subitamente tanto ter um que pensei que deveria 

entrar em um relacionamento hétero e tentar

engravidar e, caso o relacionamento não desse 

certo, tudo bem! Ao menos teria um filho 

e não me importaria em cria-lo sozinha.


Sei que esse é um pensamento egoísta e

não me orgulho nem um pouco disso. São aqueles

pensamentos inconscientes que se formam e se fixam

de forma sorrateira e quando percebemos, já

se enraizou em nós. Apenas percebi esse pensamento

quando assisti um vídeo no canal da Luiza Vono

no Youtube, foi assim que a ficha caiu.


O irônico é que percorri o caminho inverso durante a pandemia, 

fiz o possível para viver o mais alinhada com as minhas 

verdades e me dedicar ao caminho espiritual, 

me desvinculando de desejos materialistas. 

E quando saí do meu "casulo" de não-convivência com as 

demais pessoas, me vi pouco a pouco,

para o meu completo desespero, me tornar 

mais e mais ligada às coisas da matéria. 

Ligada ao desejo desenfreado de ter e consumir, 

não impedi que pouco a pouco me consumia e me perdia 

do caminho de casa, do meu verdadeiro eu, 

pois nós somos a nossa própria casa.


Percebo que a culpa não é de ninguém, nem minha 

e nem dele, as coisas só aconteceram e fizemos o melhor 

que podíamos com o que sabíamos na época.

E o que isso tem a ver com o Dorama?! 

Na verdade, tudo! 


Porque no Dorama, entre outros dois casais, 

havia um casal em que o moço se sentia inseguro sobre

si e sobre poder um dia realizar o desejo da 

namorada de se casarem.

Elas era alegre e sonhadora no início do relacionamento, 

mas pouco a pouco ela pareceu perder o "brilho" pessoal, 

suas metas de vida eram várias e

ele se sentia sobrecarregado e pequeno perto dela. 

Não se sentia capaz de fazê-la feliz e, de uma 

certa forma egoísta, ele conduzia o relacionamento

sutilmente para satisfazer os seus desejos e ia, 

de certa forma, deixando os dela para depois. 


Por 7 anos eles namoraram e ela só queria casar, enquanto

ele adiava a decisão o máximo possível. 

Em certa parte do Dorama, ele resolve

terminar o relacionamento, pois percebe que seu 

comportamento atrapalhava o crescimento dela. 

Ele no fundo era inseguro e se culpava por ela não conquistar

os objetivos de vida dela. Ele terminou como uma 

forma de deixar de ser um obstáculo

entre ela e suas metas de vida. 

Não vi ainda o final do Dorama, mas até

onde vi, eles estão tentando superar o término, 

cada um à sua maneira.


No meu caso, ouvi exatamente as mesmas 

palavras que a mocinha ouviu no Dorama e pude, 

mesmo que sendo óbvio esse tempo todo, 

perceber os reais motivos do termino do meu relacionamento. 

Finalmente estou me permitindo viver o

luto de termino e tirar proveito de tudo o que aprendi 

nesse um ano e meio de convivência entre nós dois.


O que posso dizer é que eu agradeço por aprender 

a ser mais humilde e, entre outras coisas, a pedir desculpas 

sinceras quando eu erro. 

Sempre tive muita dificuldade de reconhecer 

quando estava errada e mesmo quando

reconhecia para mim mesma que errei, 

não queria me desculpar. 


Depois do término do relacionamento com a Luciane, 

percebi que por mais que eu quisesse,

não conseguia pedir desculpas. 

Era um ego enrijecido que não conseguia de

forma alguma se curvar a pedir desculpas, 

tentar reparar uma falta. 


Mas graças a ela e a esse último relacionamento, 

consegui finalmente reconhecer quase

que imediatamente a falta, mesmo que seja 

me desculpar com as minhas gatas

por ocasionalmente pisar sem querer no rabinho delas.

Creio que esse seja o caminho para me tornar uma pessoa melhor. 

😃

 

 

sexta-feira, 5 de março de 2021

Perséfone



O cinza azulado 
Aos poucos volta
A divisar-se entre os insistentes
E impetuosos fios brancos

Pouco a pouco 
A seda pratiada 
Recobre a couraça 
Da pele leitosa, quase translúcida

Os belas esmeraldas 
Voltam a reluzir vigor
Na bela face cinzenta
Com o fulgor de suas 7 luas

Companheira de vida
Vence a tudo como guerreira
Como a força da rainha
Que lhe emprestou o nome


Insights


Estava agora pouco escutando o áudio livro "A Casa do Escritor" de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho ditado pelo espírito Patrícia (para quem não sabe, esse ê o terceiro livro da série Violetas nas Janelas) e tive um insight.
Na verdade já li esse livro uma vez e já escutei o áudio livro 3 vezes pelo que me lembro e toda vez que escuto ou leio os livros dessa inspiradora série tenho novos insights.
Hoje percebi que posso cumprir a minha missão de alma com mais leveza e menos cobranças, pois ando me pressionando muito nos últimos 2 anos sobre o que, como e até quando posso cumprir a minha missão nessa vida.
Já obtive muitas respostas nesse meio tempo! 
Porém, venho me cobrando ao extremo, por vezes, para fazer tudo certo. O detalhe é que na maior parte do tempo eu nem sabia exatamente o que deveria fazer.
Era como uma pessoa que corre ensandecida no escuro, tropeçava, caía e levantava, para voltar a correr sem destino.
Hoje é dia começo a vislumbrar ao longe o caminho que devo seguir e percebi hoje, finalmente, que devo me comprometer com a minha missão de alma, com com leveza, bom ânimo e paciência. 
Afinal, tudo acontecerá no momento propício.
Como diria uma querida amiga: 
"Para cada um momento, um tempo e, para cada tempo, um lugar!".
Concluo esse post lembrando a mim mesma (e a quem por ocasião esteja lendo isso) que o mais importante é caminhar, seguir sempre em frente e para cima, de forma amorosa e com os pensamentos voltados para o bem maior.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Meio Lá, Meio Cá

Hoje acordei meio depressiva e nem sei o motivo. Tenho tudo o que planejei alcançar nos ano passado: moro sozinha, estou solteira, não dependo de ninguém pra nada, tenho um emprego, tenho amigos, concluí o curso de T.I.... Mas o que falta?
Sei lá, vou acender uns insensos e defumações para ver se boto pra correr esses sentimentos controversos.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Respirando Fundo

Hoje tenho que terminar de embalar as minhas coisas pra me mudar na semana que vem e me bateu uma super bad de novo, um desespero e um sentimento de derrota.
Respirei fundo uma centena de vezes e acho que já estou melhor.
Sei que não seria facil me separar e mora ir morar sozinha, mas me bateu um desepero mesmo assim.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Não sou a Madre Teresa, apenas uma baita trouxa mesmo!

Sério gente (cri cri cri cri *som de grilos*) estou de saco cheio disso, de ficar bancando a trouxa dele. Pelo amor de my God, quem na minha situação, depois de TUDO continuaria dirigindo a palavra à ele?! QUEM? E além disso, iria "segurar a barra sozinha" por UM ANO?! Chega né, melhor mudar tudo isso, antes que ei fique SECA DE SENTIMENTOS de vez e acabe sendo igual a minha mãe.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Relembrando - 1º Parte




Lobo: 
Como foi o primeiro beijo de vocês?

Izzie:
Foi num dia de semana que fui visitar ela de noite com 2 amigos.
O melhor amigo dela namorava com o meu melhor amigo 
e fomos apresentadas no inicio de março de 2010 se não me engano.
Aí nos demos bem de cara, tivemos altos papos 
sobre bandas de rock e o mundo punk, tomamos muita bira juntas 
e foi assim que lá pelo final do mês o amigo dela chegou em mim e disse:

- A Pri está afim de ti... Nós contamos que tu é lésbica quando ela me disse isso...
E tu, está afim dela?

Eu fiquei toda boba quando ele me disse isso!
Bah, estava afim de ficar com ela desde que a conheci!
Uns dias depois era o dia q fomos na casa dela
(ela dividia o ap com um outro amigo dela, que inicialmente
era tri legal, mas depois se mostrou uma cobra).
Nesse dia o amigo que dividia o ap com ela (o Felipe)
foi pra casa da namorada e ficamos só  nós:
eu, ela e o casal de amigos nossos (o amigo dela e o meu).
Uma hora foram os dois "tomar banho" e se sumiram lá por quase uma hora!
kkkkkkk
Aí ficamos eu e ela na sala, a musica tocando e aquela tensão.
Conversamos uns minutinhos e do nada ela
se levanta lá do outro sofá e fala algo como:

- O Drio falou que tu estava afim de mim também!

E eu quase morri de vergonha
😊😊😊
Eu só meneie positivamente.
Aí ela foi chegando perto e se ajoelhou na minha frente
e apoiou as mãos nos meus joelhos
e ficou me encarando com um sorriso lindo e safado.
Bah, foi minha deixa pra puxar ela pra um beijo e BUUMM!
Mil borboletas brincando de roda punk no estômago e
zilhões de estrelinhas caindo em volta e fogos de artifício estourando ao longe
(e todas as demais descrições clichês
de quando rola AQUELA química entre as pessoas)
Ficamos ali nos beijando por um tempo,
depois eu puxei ela pra sentar no meu colo
e continuamos nos beijando por sei lá quanto tempo.
Até que veio do nada o Ale (meu amigo) e gritou pro Drio:

- Ô mor vem cá ver duas sapas se pegando!

E riu alto.
Nós nos assustamos, mas continuamos na mesma posição
e eu escondi o rosto na curva do pescoço dela, que me abraçou.
E o Drio veio e disse algo como:

- Se quiserem continuar vão para o quarto, por favor!

E riu alto tb.
E eu morri ainda mais de vergonha
e a Pri riu tb meio q envergonhada levantando
do meu colo e trocando de assunto.